Quando escrevi esta crônica, não tive a menor pretensão de definir o que é felicidade, até porque, este assunto já foi dissecado por inúmeros filósofos, cientistas, poetas. É apenas o meu ponto de vista.
É irrelevante dizer que ela é o nosso maior sonho de consumo, e vivemos incessantemente em busca dessa tal felicidade!
Diz a música de Tom Jobim " é impossível ser feliz
sozinho...", contradigo, ser feliz é singular, independe do outro, é
preciso ser feliz sozinho para poder fazer alguém feliz. É preciso se
encontrar, mergulhar dentro de si, navegar no escuro de nossas emoções,
dores, amores, conflitos... E emergir inteiro, mais forte, pronto para
se amar, se doar. Ninguém pode ser feliz por ninguém, e é aí que o
bicho pega. Achar que nossa felicidade depende do outro, achar que ela
tem cara, anda no carro do ano, usa bolsa Louis Vuitton, sapatos
Louboutin, viaja todo final de semana e mora num condomínio de luxo.
Nada disso, ela mora bem pertinho, aqui dentro de nós. Mas porque é tão
difícil encontrá-la? Porque procuramos por caminhos errados, ilusórios. E
o pior é que sabemos disso.
Vira e mexe dizemos: Ah...eu era feliz e não sabia.
Sabíamos sim, só não acreditávamos que poderia ser tão simples,
então dávamos outro nome a ela: sorte, fase boa, paz de espírito... Mas
era ela, a própria, reinando em nossas vidas, e nem percebemos. Ela era
tão suave, tão sutil, tão despida de qualquer luxo material, que não foi
reconhecida, passou despercebida. Passou...Fugiu...Foi embora... E lá
vamos nós, de novo, procurar por ela.
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