Oi pessoal, o tempo não para... Escrevi esta crônica quando fiz quarenta e um anos. Se eu estava me sentindo velha? Claro que não!!!
Beijo!
Beijo!
Envelhecer nos traz rugas, falta de memória,
excesso de peso, algumas doenças e outras inconveniências. Em contrapartida nos
traz sabedoria e ter sabedoria faz com que nos sintamos um pouco donos do
mundo. Faz com que sintamos pressa, muita pressa...
Quando completei quarenta anos, e isso não
faz muito tempo, tocou um alarme dentro de mim e me dei conta de que precisava
fazer o que não fiz, dizer o que não disse, aprender o que não aprendi, ensinar
o que não ensinei.
Quando criança me imaginava aos quarenta,
uma velha senhora de cabelos grisalhos e agulhas de tricô nas mãos. Ledo
engano, ainda sou jovem, me sinto uma criança, ainda que por dentro. Estou
inquieta, inquisitiva, ávida de realizar, cheia de planos.
Cirurgias plásticas podem regredir o
tempo por fora, na embalagem, mas não o nosso aprendizado, nossas experiências.
Felizmente ainda não existem cirurgias estéticas para apagar nossa história,
nosso passado.
Tenho pressa, muita pressa, preciso
urgentemente dar o abraço que não dei, o conselho amigo que calei, os beijos
que evitei, os sorrisos que guardei...Tenho pressa de aprender, pressa de
saber.
A vida passa num breve instante, como
num flash. Observo minha filha a brincar no tapete
da sala e tenho a impressão de que minha infância foi há minutos atrás.
Sento-me a seu lado e percebo que somos o passado e o futuro de mãos dadas.
Lá fora, o tempo, inimigo implacável,
bate a minha porta, não vou abrir, não vou deixá-lo entrar, estou ocupada,
tenho pressa de viver...
Gostei bastante, me identifiquei com a sua crônica.
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